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Algumas palavras

A criação deste blog é tão somente para deixar registrado os meus pensamentos. Por não serem poucos e antes que eles escapassem de mim rumo ao esquecimento, ou que formassem outra idéia sem que antes a primeira estivesse registrada, é que me surgiu a maravilhosa solução para este meu dilema de pensamentos fugitivos: A criação do Liscrevi. Compartilho aqui idéias descabidas, teorias não comprovadas, besteiras, crendices, denúncias, indignação, palhaçadas e coisas sem sentido algum. Tem também artigos sobre Contabilidade, Direito, Economia, Política, e links úteis para os que atuam ou, que tenham interesse nessas áreas. Por acreditar que não somos feitos apenas de carne e osso, é que o esoterismo, o ocultismo, a espiritualidade e o mistério da criação, receberam um espaço nesse blog. Música, cinema, literatura, toda e qualquer manifestação de arte e cultura estão no liscrevi com a mesma importância que tem um recheio de bolo de anivérsário, ou tem graça um bolo sem recheio? rs... Ah! e por falar em culinária, receitinhas milagrosas da vovó fecham com chave de ouro esse Blog, que agora deixa de ser só meu, e passa a ser o nosso cantinho do pensar. Por isso, Bem Vindo a esse cotidiano fora do comum, estou feliz com a sua visita. Leia, comente, reclame, reflita, sinta, exista! \o/

Iriana Gonçalves

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A ironia do Universo

ATO I - DA TEMPESTADE

Tem dias em que eu mesma,
Duvido de toda crença,
Moral ou boas maneiras.
E de que ainda exista em mim
Ou, em qualquer lugar que seja,
Alguma coisa boa.

E duvidando disso tudo,
É que me esqueço até perder-me,
E me desespero por notar viver,
Na angústia dos infindáveis porquês,
Que essa desesperança traz.

Então me vejo seca, fraca e nula,
Descrente da existência de qualquer coisa que não seja a carne,
De qualquer coisa que não seja nós, medíocres mortais.

E essas vezes quase sempre são,
Nos momentos em que mais preciso e quero,
Saber, ouvir ou sentir,
De alguma força além de mim,
De alguma coisa maior que nós.

ATO II - DA PRECE

Que bom seria que alguém,
Desse universo tão vasto e desconhecido,
Pudesse nos revelar em fim,
Acalmando essa ânsia quase enraizada,
O propósito de estarmos assim,
Tão apáticos, confortavelmente sem ação

E mais uma vez nada acontece,
Mais uma prece não correspondida,
E mais dias vamos vivendo,
Acostumados com o grito silenciado.

ATO III - DA PRECIPITAÇÃO

Mas eis que decido desafiar,
Toda a inércia do universo,
E retirando-me do confortável fingir não sentir,
Em impulso frenético em meio à madrugada,
Convencida de que todo o desejo deve ser saciado,
Salto rumo ao desconhecido e ouso dizer,
O quanto seria bom que estivesse junto a mim.

E por momentos isso me alivia,
Até o despertar do dia seguinte,
Quando o dia insiste em acordar,
E trazer aos meus olhos perplexos,
Todas as respostas que desistira saber,
Quando decidida te procurei.

ATO IV - DA DECISÃO

É Gargalhando de mim,
Depois de desconsiderada sua importância,
Que o Universo responde na realidade,
Ironicamente por terceiros,
Que o silêncio entre nós,
Sempre foi a melhor opção.

Não serei mais eu a te sorrir,
Nem mais eu a te procurar e admirar,
Entendo agora que amanha,
Também não quero ser aquela,
Que hoje aceita que volte e finja amar.

Vai, e definitivamente te afasta de mim,
Atende o telefone que já é de manhã,
Que desesperada alguém na linha,
Te espera para o café.

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